A oferta de bons produtos e serviços tem por trás o trabalho executado por profissionais com competências e habilidades bem desenvolvidas. Afinal, são elas que contribuem para que os resultados sejam alcançados.
Mas não são apenas os conhecimentos que levam a um bom trabalho. Satisfação, bem-estar e sensação de valorização também são fundamentais para a execução de um bom trabalho e para a contribuição com os resultados do negócio.
Portanto, ter uma estratégia People Centric, ou seja, com as pessoas no centro do negócio demonstra a maturidade da empresa em reconhecer a importância de seus colaboradores para alavancar os resultados e alcançar seus objetivos. Entenda!
Por que colocar as pessoas no centro das estratégias?
As empresas que mais se destacam são aquelas que colocam as pessoas como pilares de suas atividades e sucesso. Para isso, constroem excelentes ambientes e oferecem meios para que seus funcionários tenham experiências incríveis em suas carreiras.
Mais do que um termo, People Centric é uma forma de fazer negócios, de gestão de pessoas, ou seja, um conceito que ultrapassa os limites da mera relação de empregabilidade.
Incorporar a ideia de priorizar as pessoas no mundo corporativo é entender a importância de ter objetivos, porém alinhados às necessidades de quem colabora para alcançá-los. Quando adotado e desenvolvido, pode transformar o relacionamento e construir uma cultura organizacional mais positiva.
Uma gestão estratégica ampla engloba as expectativas de crescimento do negócio e todas as ações que devem ser executadas. Na mentalidade People Centric é preciso levar em conta as pessoas e sua contribuição nas atividades e processos de rotina.
As boas entregas, no entanto, dependem de profissionais talentosos, que sejam tão engajados quanto produtivos. O modelo afasta a gestão tradicional e engessada, com liderança verticalizada, para dar lugar a uma visão de bem-estar, satisfação e valorização dos funcionários.
Essa forma de ver – e tratar – os talentos da empresa ajuda a exaltar suas habilidades e competências, estimulando uma participação mais efetiva e sentimento genuíno de pertencimento.
Ter um bom emprego, com salário justo e benefícios somente já não enche os olhos de profissionais que também buscam uma outra relação com o trabalho. Segundo a nossa pesquisa Trabalho Ideal, ter uma boa remuneração (64,2%) é, sim, fundamental para a maioria das pessoas, mas precisa vir acompanhada de alinhamento com valores e propósito (72.2%) e flexibilidade (66,9%).
Com isso, as organizações estão criando ações e estratégias de employee experience (EX) para oferecer a melhor experiência, aumentar a permanência de seus funcionários e fidelizá-los.
Afinal, os profissionais de hoje querem sentir que fazem parte da empresa, participar ativamente das decisões e contribuir em projetos, em vez de serem apenas um número para a empresa.
Mais do que hierarquia, o People Centric preza por uma relação de parceria e respeito, onde todos olham para a mesma direção e colaboram entre si para chegar mais rápido e com segurança.
Quais os benefícios de uma organização centrada em pessoas?
Uma organização centrada em pessoas só tem a ganhar por investir na forma de trabalho e, por meio dela, atingir as metas e resultados propostos. Existem motivos consistentes para adotar o People Centric e construir uma cultura nova e valorização das pessoas.
Turnover reduzido
Quando os funcionários se sentem valorizados, produtivos e satisfeitos em uma empresa, mesmo que tenham novas oportunidades, dificilmente deixarão de continuar crescendo e ajudando no crescimento da organização que escolheu para trabalhar.
Abertura à inovação
Em um ambiente colaborativo, aberto e disponível para ouvir a opinião de todos, há espaço para o novo em consonância com o que acontece no mercado. A inovação é essencial para negócios que desejam se adequar e isso envolve diversos fatores como políticas, tecnologias, comportamentos e, especialmente, pessoas.
Colaboradores mais engajados
Dentro dos princípios do People Centric, as pessoas podem e devem colaborar com ideias, sugestões e fazerem parte tanto do problema quanto das soluções. Valorizar o trabalho em equipe, os talentos individuais, respeitar as diferenças em um ambiente incluso e diverso só faz com que as pessoas cada vez mais queiram manter o vínculo e participar ativamente na empresa.
Melhora a imagem da empresa
Ser considerado um dos melhores lugares para se trabalhar não é nada mal em um mundo de extrema competitividade e faz bem para a imagem. O People Centric, ainda que indiretamente, é uma potente ação de branding, que atrai os melhores talentos quando descobrem que se trata de uma organização que prioriza seus funcionários.
Como construir uma cultura People Centric?
A construção de uma cultura voltada para pessoas demanda análise do presente para reformular a cultura e as ações estratégicas até chegar no que se deseja para o futuro do trabalho. E são as pessoas as responsáveis por fazer com que a empresa funcione e tenha bons resultados.
Não importa o segmento ou tipo de negócio, os funcionários sempre serão essenciais e essa mentalidade faz com que o conceito de People Centric ganhe força. Para construir esse novo ambiente onde as pessoas se posicionam no centro, veja algumas das ações mais importantes!
Valorize e desenvolva as soft skills
As habilidades técnicas, ou hard skills, são avaliadas no currículo ou por meio de testes específicos e são importantes para que as tarefas do dia a dia sejam executadas da forma correta. Já as habilidades emocionais – soft skills - norteiam comportamentos e o modo de lidar com situações adversas, de tensão e conflito, por exemplo.
Ao adotar uma gestão People Centric, a valorização e desenvolvimento das soft skills ajuda a alinhar o perfil dos funcionários, identificar talentos e colocar o profissional certo na vaga certa. Lembrando que são habilidades que podem interferir, positiva ou negativamente, no comportamento organizacional e impactar toda uma equipe.
Das soft skills mais necessárias e desejadas no ambiente corporativo, trabalhe:
colaboração;
comunicação eficaz;
ética;
empatia;
flexibilidade;
resiliência;
trabalho sob pressão;
liderança;
negociação;
organização e planejamento;
resolução de problemas.
Monte equipes multifuncionais
Em um time de futebol é essencial ter jogadores que atuem em diferentes posições, mas que juntos orquestram um jogo alinhado. Assim também é na empresa, quando talentos individuais se reúnem cada um com suas habilidades, colaborando em um projeto para garantir uma entrega de excelência e dentro do prazo.
A coletividade é um dos destaques de organizações que investem na cultura People Centric, montando equipes de múltiplas funções, para aproveitar o melhor de cada um, enquanto se estabelece como marca competitiva e forte no mercado.
Crie um plano de desenvolvimento individual
Os profissionais preocupados com a carreira desejam ter sua capacidade reconhecida, além da competência e habilidades valorizadas. Assim, mais do que salários e benefícios, ofereça um plano consistente de desenvolvimento pessoal e profissional – use o People Centric para estimular a construção de uma jornada com propósito para que todos sejam motivados a percorrer o processo.
Reconheça as pessoas como mais importantes que os processos
Se uma atividade é executada e um processo concluído, é porque a atuação humana esteve presente em uma ou todas as etapas. Portanto, priorize as pessoas, demonstre na prática e elas não medirão esforços para assegurar a entrega e fazer com que a empresa cresça e seja reconhecida como autoridade no mercado.
A longevidade e qualidade do relacionamento entre talentos e empresa é uma conquista diária que envolve valorização e colaboração mútuas. De um lado a organização que se importa com o bem-estar e satisfação de cada um dos seus funcionários e de outro, uma força de trabalho que compreende esses esforços e atua de forma mais engajada e proativa.
A empresa é responsável por colocar as pessoas no centro, proporcionando benefícios intangíveis. O People Centric propõe novos aprendizados, autonomia de trabalho, liberdade de expressão e ambiente colaborativo, descentralizando a gestão sem, contudo, perder o controle das operações e foco nos objetivos.
Para aproveitar o momento de reflexão e aprendizado, confira também nosso ebook com 8 dicas práticas para construir a cultura organizacional que as pessoas – e a sua empresa – precisam!
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