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Liderança feminina: por que a sua empresa precisa investir nas mulheres?

Apesar de as mulheres representarem uma grande parte do mercado de trabalho, ainda há discrepâncias quando o assunto é liderança feminina.


Parte dessa questão está relacionada aos desafios que profissionais mulheres enfrentam para atingir posições mais elevadas. Ao mesmo tempo, há diversos benefícios na liderança feminina — e investir nela é essencial.


Capa do artigo com uma mulher preta vestindo um terno rosa falando no microfone para uma plateia. Ao lado direito da imagem escrito "Liderança feminina: por que a sua empresa precisa investir nas mulheres?"
Liderança feminina porque a sua empresa precisa investir nas mulheres? | Artigo exclusivo Great People.

A seguir, entenda melhor o contexto de liderança feminina e veja por que vale a pena fomentar mais líderes mulheres! 


A importância da liderança feminina nas empresas


Desenvolver e fomentar a liderança feminina se justifica por várias questões, estando entre as principais os benefícios de ter líderes mulheres nas empresas. Essas vantagens são atestadas por pesquisas em mercados distintos e que indicam que negócios com mulheres nessas posições tendem a ter resultados melhores.


Conforme publicado na Forbes, um estudo com quase 700 pessoas demonstrou que a colaboração no trabalho é maior em equipes lideradas por mulheres. Já um estudo de 2022 indica que a liderança feminina ajuda a mitigar estereótipos presentes na comunicação, o que contribui para um ambiente de trabalho melhor e mais inclusivo.


Do ponto de vista financeiro, a liderança feminina também é positiva. Entre as 500 maiores companhias da bolsa dos Estados Unidos, que formam o índice S&P 500, aquelas com mais mulheres que a média tiveram melhor desempenho.


Na prática, as companhias observaram um aumento de 15% no retorno sobre patrimônio líquido e uma queda de 50% nos riscos de negócio ao longo de um ano.


Além disso, empresas com maior diversidade de gênero em níveis executivos têm 25% mais chances de obter uma lucratividade maior que aquelas com baixa diversidade.


Inclusive, todos esses benefícios também estão ligados à competência e habilidade técnica feminina na liderança. Segundo uma pesquisa da Business Harvard Review, que incluiu avaliações 360º de mais de 4000 líderes, as mulheres pontuaram mais alto que os homens em 17 das 19 habilidades pesquisadas.


Além disso, as mulheres são avaliadas como excelentes líderes pelos profissionais que trabalham mais próximos delas. Esses resultados ajudam a atestar a efetividade da liderança feminina de modo geral, inclusive na inovação e tomada de decisão.


Os principais desafios enfrentados pelas mulheres


Embora haja diversos benefícios em relação à presença de lideranças femininas, as mulheres enfrentam uma série de desafios no mercado de trabalho e na busca por posições mais elevadas. Conhecer esses aspectos é fundamental para percebê-los na organização e saber como enfrentá-los.


Viés de gênero

O viés de gênero é uma barreira relacionada aos estereótipos enfrentados por mulheres no ambiente de trabalho — em especial, no contexto de lideranças. Esse viés é uma percepção muitas vezes inconsciente, mas que interfere na visão e na tomada de decisão das pessoas.


No caso das lideranças femininas, os vieses de gênero podem incluir a ideia errônea de que mulheres não têm a mesma competência de homens para liderar equipes, por exemplo. Esses estereótipos de competência e papéis, muitas vezes, criam expectativas que mulheres sejam líderes mais empáticas e emocionais, em vez de estratégicas e táticas.


Os vieses também são desafios porque eles interferem na avaliação de desempenho e até na consideração de lideranças profissionais mulheres para cargos de liderança. Ou seja, por causa dessa percepção, muitas mulheres podem nem chegar a ser cogitadas para ocupar um cargo mais elevado. 


No geral, esse tipo de viés pode fazer com que as mulheres se sintam menos capazes e passem a duvidar das próprias habilidades e competências. Como consequência, elas podem apresentar maior hesitação em buscar cargos de liderança. 


Falta de representatividade

Outra barreira considerável para as lideranças femininas é a falta de representatividade de gênero em cargos mais elevados. Esse fenômeno consiste na ausência ou na sub-representação feminina em cargos desse tipo, causando tanto efeitos individuais quanto coletivos.


Um dos principais problemas tem a ver com a ausência de referências e mesmo de inspirações. Por causa dessa lacuna, muitas mulheres que passam à posição de líder sentem dificuldades para fazer essa transição e continuar avançando na carreira, já que falta um parâmetro confiável.


Essa representatividade baixa ou nula também contribui para perpetuar vieses e a desigualdade de gênero. Afinal, ter menos mulheres líderes significa que os processos e toda a estrutura permanecem priorizando homens.


No geral, essa situação também se relaciona à falta de uma rede de apoio, em que mulheres possam se apoiar em outras para crescer na carreira. Como consequência, pode ocorrer um ciclo de exclusão, levando a cada vez menos representatividade.


Disparidade salarial

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a disparidade salarial entre homens e mulheres alcançou 22%, ao final de 2022. Na prática, isso significa que uma mulher ganha 78% do salário de um homem que desempenha uma função equivalente à sua.


Apesar de a lei da igualdade salarial ter sido sancionada em 2023, a prática ainda acontece de maneira estrutural. Inclusive, isso não se limita ao Brasil, já que nos Estados Unidos a disparidade salarial também existe. A diferença principal é que essa diferença era de 16%, em 2022, para profissionais em tempo integral.


No geral, essa questão é uma barreira significativa para as profissionais porque, de certo modo, ela contribui para aumentar a desigualdade de gênero no longo prazo. Como as mulheres ganham menos, elas têm menos disponibilidade financeira para buscar capacitações e outros mecanismos de desenvolvimento profissional.


Além disso, a diferença salarial costuma promover uma desvalorização do trabalho feminino, como se o salário menor fosse indicativo de um valor agregado menor. Ainda, a questão afeta a motivação e o engajamento, já que o aumento de responsabilidades não é totalmente contemplado pela elevação da remuneração.


Apesar de serem relevantes, esses não são os únicos desafios a considerar. Há outras questões como:


  • dificuldade de equilibrar vida pessoal e profissional, já que mulheres costumam enfrentar a chamada jornada tripla.

  • barreiras para alcançar cargos executivos e de alta liderança.

  • vieses relacionados à maternidade e direitos relacionados, como a licença maternidade.

  • falta de apoio na tomada de decisões.

  • necessidade de provar a própria competência repetidas vezes.


Os meios de fomentar a liderança feminina


Apesar de serem significativos, os obstáculos para a liderança feminina não são intransponíveis. Com uma boa estratégia e a tomada de decisão voltada à diversidade e inclusão, a empresa pode fomentar a presença de mulheres nesse cargo, gerando e obtendo os benefícios relacionados.


Na sequência, descubra quais são as principais maneiras de estimular, desenvolver e ampliar as lideranças femininas!


Programas de mentoria

Uma das soluções para estimular e fortalecer as lideranças femininas envolve os programas de mentoria. Neles, as líderes têm orientação personalizada, de acordo com seus interesses e desafios profissionais. 


Para tanto, essa ferramenta busca conectar profissionais experientes a talentos emergentes. É o que ocorre quando uma liderança experiente passa a mentorar uma profissional que será líder pela primeira vez, por exemplo.


Com a mentoria, mulheres podem identificar oportunidades de desenvolvimento e quais habilidades são necessárias para continuar avançando. Essa também é uma oportunidade de construir e fortalecer o networking, além de ajudar no desenvolvimento da autoconfiança profissional.


Treinamentos de desenvolvimento profissional

O fomento à liderança feminina também envolve a oferta de treinamentos de desenvolvimento profissional. A ideia é ajudar as profissionais a identificarem suas lacunas de competências, em especial considerando as demandas de liderança.


A partir disso, é possível oferecer treinamentos focados nas competências essenciais, incluindo hard e soft skills. Entre as habilidades comportamentais destacam-se:


  • comunicação eficaz.

  • inteligência emocional.

  • capacidade analítica.

  • resolução de problemas.

  • habilidade para tomar decisões.

  • negociação efetiva.

  • gestão de conflitos.


Os treinamentos também podem ajudar as mulheres a abraçarem sua autenticidade enquanto líderes. Isso é fundamental para dar origem a novas lideranças que ajudem a tornar o ambiente corporativo mais diverso.


Ainda, vale considerar que os treinamentos podem se estender a outros profissionais e setores. Nesse caso, a ideia é aumentar a conscientização sobre vieses de gênero e questões semelhantes, de modo a lidar com a desigualdade estrutural com mais eficiência.


Políticas de igualdade salarial

Como você viu, a disparidade salarial é um dos grandes desafios para a liderança feminina. Uma das formas de lidar com ela é implementando políticas de igualdade salarial transparentes e eficazes. 


Primeiramente, agir com transparência é essencial para criar um ambiente equitativo e que inspire mais confiança em todos os envolvidos. Essa também é uma forma de fortalecer a relação com as lideranças femininas, contribuindo com seu engajamento e motivação.


A correção de disparidades salariais, em si, também é fundamental para combater a discriminação salarial. Isso faz com que as mulheres se sintam mais interessadas em buscar cargos de liderança, já que serão pagas de forma justa. Como consequência, há como aumentar a representatividade de lideranças femininas.


Ainda, essa é uma das medidas que compõem um conjunto mais completo de ações relacionadas à promoção de igualdade e diversidade. Nesse contexto, vale a pena definir indicadores de igualdade salarial, identificando mais facilmente gargalos e oportunidades para alcançar a equidade.


Também vale considerar a realização de auditorias salariais. Além de garantir mais transparência, isso permite entender quais são os pontos de atenção e onde é possível agir para elevar os indicadores de interesse.


Cultura organizacional inclusiva

Além das ações de fomento apresentadas, o desenvolvimento contínuo de lideranças femininas depende de mudanças perenes. Por causa disso, é essencial construir uma cultura organizacional inclusiva, que valorize a diversidade e promova a igualdade.


Inclusive, isso não deve se limitar à promoção de profissionais mulheres. Na verdade, é preciso que a cultura voltada à diversidade e equidade se faça presente desde a contratação, chegando às oportunidades de avanço na carreira.


Para tanto é essencial que as lideranças se envolvam com a construção e implementação da cultura. Na hora de estabelecer os valores e as políticas, é preciso ser transparente e garantir uma boa comunicação, de modo a criar um ambiente justo para todos.


Ainda, vale considerar a importância dos treinamentos e da sensibilização de todo o time. É preciso que todas as pessoas colaboradoras estejam alinhadas e dispostas a construir, todos os dias, um ambiente diverso e inclusivo.


Em relação às medidas práticas, a política de equidade salarial é apenas uma das possibilidades. Vale a pena também pensar em questões como:


  • oferecer flexibilidade no trabalho.

  • atuar no combate a outros vieses e preconceitos, como racismo ou etarismo.

  • agir de modo intencional na construção de equipes diversas.

  • definir critérios claros e justos para avaliar o desempenho profissional.

  • oferecer oportunidades amplas de desenvolvimento e aprimoramento.

Uma cultura inclusiva de verdade é especialmente vantajosa para as lideranças femininas. Além de empoderá-las, uma cultura desse tipo ajuda a criar mais oportunidades de desenvolvimento, aumenta a satisfação e eleva o engajamento 


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Conclusão


Incentivar a liderança feminina é uma forma de promover a diversidade e a equidade, além de ter benefícios importantes para o negócio. Por isso, é importante colocar em prática as estratégias indicadas, desde a definição de cultura e políticas até a oferta de soluções de desenvolvimento e capacitação.


No geral, é preciso adotar práticas inclusivas para criar ambientes mais equitativos e inovadores. Assim, é possível criar cada vez mais condições propícias ao bom desempenho organizacional. 


Para focar na diversidade e inclusão ao longo de todo o ano, aproveite para baixar nosso calendário de diversidade 2024! 

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